O Tupi Pop

A corrente artística de Luiz Pagano - Tupi Pop - busca ir além das aparências superficiais e trazer à tona a essência de nossa diversidade cultural e étnica, já levou às ruas de Curitiba o evento Capivara Parade, mostrando a importância das boas relações entre os centros urbanos e a natureza, e gerando recursos para a campanha do agasalho local; o Projeto Tembiu trouxe mais de 120 insumos da floresta Amazônica para a comunidade de Coquetelaria no ano de 2014, ao Lado dos Chefes Tiago e Felipe Castanho; e por meio do Dia do Anhangá, trás agora a ambiciosa proposta de integrar todas as etnias e culturas pertencentes ao vasto território brasileiro. “A data de 17 de julho foi muito bem escolhida não só pela associação com a proteção da natureza, más também com a proximidade da data de um outro evento de amor e paz ente europeus e brasileiros – 30 de julho 1524 data do casamento de Diogo Álvares Correa Caramuru e Paraguaçu na lendária Catedral de de Saint Malo. Eu, brasileiro da Aldeia do Inhapuambuçu, que ainda moro próximo ao triangulo histórico, neto de Zuzu Correa de Moraes que nasceu no casarão da Rua da Gloria N.º4, onde hoje fica o respiro do metrô Liberdade, no coração do Inhapuambuçú, propnho um suspiro de liberdade, amor e união. É imprescindível ressaltar que a união e aproximação das diferenças não significa ignorar ou minimizar o sofrimento vivido pelos povos indígenas diante do colonizador, que cometeu crimes como genocídio, tortura e obliteração da cultura originária por meio da catequese, entre vários outros crimes indizíveis. A idéia aqui é o início de um diálogo respeitoso e inclusivo, em que suas vozes sejam ouvidas e suas demandas atendidas. Ao organizar seu evento indígena em São Paulo, o que mais levei em consideração foi a importância de criar um espaço seguro e acolhedor para que os povos indígenas possam compartilhar suas histórias, expressar suas culturas e se fortalecerem enquanto comunidades. Somente através do reconhecimento de suas lutas passadas e presentes, poderemos construir uma sociedade mais justa e equitativa para todos. Foi no triásico que o Inhapuambuçú fez unir das vertentes os rios Tamanduateí e Anhangabaú, foi a quase 500 anos o Inhapuambuçú fez unir João Ramalho e Potyra e será aqui, no Inhapaumbuçú que os povos brasileiros aprenderão a se respeitar e a viver em paz e harmonia. Devo dizer ainda que me orgulho do sobrenome Correa de minha família, a mera possibilidade de ser descendente de Caramuru e Paraguaçu me enchem de orgulho”. Luiz Pagano – Outubro de 2019

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Tupi-Rerekoara A Ordem que Guarda as Tradições Tupi

 Orígens


Logo da Ordem Tupi-Rerekoara, com as três pirâmides do Îaraguá tatuadas na testa

Tupi-Rerekoara significa "os Protetores Tupi" em Tupi Antigo - conhecidos como "os derradeiros remanescentes de Îagoanharó" é uma crença que acompanhou a aurora do cristianismo, em paralelo à catequização performada pelos jesuítas no Brasil, uma seita ritualística autentica brasileira, secreta e antiga. Manateve-se escondida por quase 500 anos, só tendo sido revelada ao mundo em 2021 após a investigação de uma série de relatos de canibalismo ritualístico, em várias cidades brasileiras.

Atribui-se a fundação da seita ao guerreiro Jaguaranho, filho de Piquerobi, irmão de Tibiriçá. Diz a tradição que, inconformado com a aliança entre Tibiriçá e os Portugueses, Jagoanharo alinhou-se aos Guarulhos, Guaianás e Carijós, para permitir a traição de Tibiriçá e consequente expulsão dos portugueses da aldeia do Inhauambuçu, região atual do triângulo histórico de São Paulo, bem como a destruição do Pátio do Colégio. 

Subjugados pela superior força da aliança dos Tupi-Portuguesa, a coalizão indígena foi derrotada em 09 de julho de 1562, no chamado Cerco de Piratininga. 

Simbologia 

Tibiriçá, como um recente bom cristão, resolveu poupar as vidas do irmão e sobrinho, e liberá-los nas Serra da Pirucaia, sem que os portugueses soubessem - Importante que se diga que Tibiriçá era conhecido por uma pintura característica, com olhos nas nádegas, que o tornava imune às traições, pois era capaz de enxergar quem o atacava por trás (do Tupi Antigo - tebira - nádegas e esá - olho). 

Feridos, pai e filhos acharam refúgio em meio a um grupo de Tupinambá, moradores da Serra, que os salvaram da morte. Esse pequeno grupo de varias etnias nativas resolveu se juntar para guardar as tradições 'Tupi', sem jamais se deixar ceder para a cultura europeia conquistadora. 

O primeiro ato da Ordem Tupi foi a retaliação contra a invasão portuguesa nas margens do Kururipe, que ocorreu por parte dos K'aaetés em 16 de junho de 1556, quando fizeram o ritual de canibalização do Bispo Sardinha e mais outros 90 Karaíbas.


Para criar sua própria identidade, os agora chamados de Tupi-Rerekoara, adotaram a pintura do guardião das três montanhas, duas do pano terreno, como a do Jaragua, viradas para a terra, o plano dos homens, tal como o Pico do Jaraguá (Guardião do Vale), visível da aldeia, e a terceira voltada para cima, , no plano dos espíritos. Identificados com o símbolo das três pirâmides do Îaraguá.

A seita continuou suas atividades na obscuridade, alguns iniciados tatuavam as três Serras do Îaraguá em seus rostos, suas nádegas ou ainda, colocavam o símbolo na faxada de suas casas. 

Trajetória

Alem de serem guardiões das culturas ancestrais, os "Rerê", como são conhecidos entre si, combatem os males do caráter humano, detestam todas as formas de traição, principalmente a corrupção, presentes na administração pública das sociedades modernas - era muito comum encontrar políticos indígenas expondo publicamente políticos corruptos, que foram previamente julgado pela ordem, mostrando à mídia o meio de corrupção, tal como o dinheiro oferecido, devolvendo o mesmo e por fim, matando e devorando o réu.

A ordem sempre manteve ramificações na maior parte dos países americanos, asiáticos, africanos e europeus, mas o número total de membros parece nunca ter sido superior a 1200. 

Os Tupi-Rerekoara Modernos

Pouca evidência pode ser encontrada para apoiar a hipótese de que o grupo Tupi-Rerekoara tenha sobrevivido até o século XIX. Contudo, diversos grupos têm usado sua fama desde então para criar seus próprios ritos, alegando serem os Tupi-Rerekoara, incluindo a Ordo Rerekoara, Die Alten Beschützer der Indianer e a De antiquis Ordinis Tupinakyîa.


Sacerdotisa da Ordem Tupi-Rerekoara, seita de preservação da Cultura Tupi Antiga. Os rumores são de que ainda praticam a antropofagia ritualística

Existem rumores que até hoje os Rerê continuam a julgar e devorar inimigos, más como eles tem grande experiência em esconder seus feitos e seguem rigidamente as tradições orais, não há registros de seus feitos. 

Leia essa e outras histórias nas HQs Heróis da Bruzundanga de Luiz Pagano, baseadas nas obras de Lima Barreto.




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